Nestes últimos anos o STAND UP PADDLE evoluiu muito e o esporte hoje está voltando a se popularizar no mundo todo. Nos anos 2009 quando iniciei no esporte, muitos fundamentos ainda eram experimentais, e testávamos tudo o que aparecia de novidades. Lembro que no meu primeiro mundial que participei representando o Brasil em 2011, já sofri um baita impacto com atletas renomados mundialmente como Travis Grant, Jamie Mitchell e Rob Rojas entre outros, os caras tinham uma técnica muito apurada e pude aprender bastante com todos aqueles ícones remando ao meu lado. No quesito equipamento então, nem se fala!! Naquela época fazia parte do Time SURFTECH no Brasil, e o Jamie também fazia parte do time na Austrália, e para minha surpresa quando peguei a prancha dele, seu SUP pesava 9 kilos, enquanto o meu pesava quase 18, o dobro do peso, para quem rema sabe a diferença que isso faz na sua performance, o parceiro de equipe Travis Grant tinha um SUP que pesava menos ainda, e era full carbon, coisa bem distante para nós brasileiros no ano de 2011. Este evento realmente foi um choque contextual porque ali percebi que não só estávamos atrasados em relação a treinamento, mas também em equipamento.
Fiz esta introdução porque o SUP hoje conta com muita evolução tanto em equipamentos quanto periodização de treinos e etc.., mas o que é muito importante para o remador é ele entender que a remada do STAND UP PADDLE é uma consciência corporal e sua execução pode melhor muito ou piorar sua performance. Nesta matéria vou citar algumas considerações que irão lhe ajudar bastante em entender este mecânica.
1º PONTO
– Muito importante você ter consciência que para toda evolução você precisa ter o melhor equipamento, e hoje existem várias opções de remo no mercado.
Muito importante você analisar a altura do seu remo, pois isso, vai influenciar diretamente no seu desempenho.
Minha dica é você cortar o remo no máximo na altura da sua cabeça, pois você conseguirá aproveitar bem toda a extensão da sua remada, pois o remo mais alto pode causar lesão no seu ombro, e também lhe deixar muito distante no seu ponto de equilíbrio.
Outro ponto muito importante é a escolha da pá do seu remo, hoje contamos com muitos formatos de pá e tamanhos, o importante é que você tenha uma que lhe permita realizar uma remada limpa e sem muito esforço.
2ª PONTO
– A remada é composta de 4 estágios, ATAQUE (Quando você entra com o remo na água), POTÊNCIA ( Quando você trabalha com o remo dentro da água) SAÍDA ( Quando você retirar a pá da água passando um pouco dos seus pés) e RECUPERAÇÃO (Quando você se prepara para o novo ciclo, muito importante que nesta fase você não esteja muito longe da linha da água).
– Ter uma consciência corporal, e ter noção que a remada é um conjunto de movimentos.
– O importante é usar a força do tronco e o movimento das pernas para lhe ajudar a tornar a remada mais potente.
– Tente estender seu braço o máximo possível para aumentar o angulo de ataque e aproveite bastante o remo na água na fase da potência, e na fase da recuperação não deixe o remo passar muito da altura dos seus pés no retorno.
– Lembre de projetar seu corpo para frete na hora do ataque para que sua remada tenha mais força e projeção
TOQUE DO ATLETA
Muito importante você ter um equipamento que lhe proporcione uma boa evolução, pois o que mais vejo hoje é atletas querendo remar com equipamentos inadequados, vejo atleta remando com prancha 21de meio e não para em cima da prancha ou se preocupa mais em se equilibrar do que remar. Comece com um equipamento que lhe dê estabilidade e um bom equilíbrio e conforme sua evolução, você pode ir trabalhando com consciência e conhecimento e causa para adquirir novos equipamentos.
Nas próximas matérias, irei abordar assuntos sobre remos, e suas funcionalidades e pranchas.